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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Filosofia da Caixa Preta - Vilém Flusser


Vilém Flusser

No nono capítulo, "A urgência de uma filosofia da fotografia", Vilém encerra seu livro explicando o por quê devemos questionar a forma como as imagens são captadas, e como uma filosofia na área nos emanciparia das correntes criadas por nós mesmos , nos unindo as máquinas.

O filósofo conta que desde a invenção das máquinas, estamos presos nelas, uma vez que copiamos a sua forma mecânica para nosso dia-a-dia.Logo depois seguimos para o modelo da fotografia, nos mostrando uma nova visão do conceito de liberdade, já que vivemos em círculos,fazendo as tarefas robóticamente, mesmo quando tentando ser novo.

Para ele, os únicos salvadores são os fotógrafos experimentais, pessoas que fogem das regras dos aparelhos, que segundo ele, não são tão difíceis de serem "enganadas". Esses são enfim os desbravadores que criam e criarão formas de conviver com as máquinas, e novas formas de ver a vida.

O que vejo hoje em dia é um avanço desenfreado nas formas de arte.Até mesmo na fotografia.Mesmo assim é impossível ver um avanço no processo de nossa liberdade logo que toda novidade é incorporada ao dia-a-dia, tudo vira camiseta com a imagem de Che, tirando a força da tal liberdade.Não devemos parar de tentar, isso é certo.Como o próprio Vilém Flusser diz "...vida, onde tudo é acaso estúpido, rumo à morte absurda." não há o que perder tentando.Não há o que ganhar não fazendo nada.